quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A herança judaica mantém-se viva em Portugal

Os ‘Judeus Sefarditas’ eram os antigos judeus naturais da Península Ibérica, ou seja, de originários de Portugal e Espanha. Perseguidos pelos monarcas e pela Inquisição, muitos destes judeus portugueses e cristãos-novos conseguiram fugir e estabelecer-se em vários países. Mas não sem antes deixarem em Portugal as marcas de sua presença na língua e cultura, costumes e gastronomia e, um pouco por todo o país na arquitetura e urbanismo de cidades, vilas e aldeias, de que são exemplos as inúmeras ruas da Judiaria, ou Beco do Judeu, Calçada do Mestre, Travessa da Sinagoga…

A presença dos judeus sefarditas em Portugal e Espanha é muito antiga, sendo inclusive anterior à formação dos reinos ibéricos cristãos. Em Portugal, até ao século XV, muitos judeus ocuparam lugares de destaque na vida política e económica portuguesa. A perseguição levada a cabo pela Inquisição espanhola, após o Édito de Alhambra (1492) levou um grande número de judeus espanhóis a procuraram refúgio em Portugal e estabeleceram-se nas comunidades judaicas portuguesas. Contudo, o rei Dom Manuel I de Portugal, que tinha inicialmente emitido um decreto-lei real garantindo a sua proteção, ordenou, em 1496, a expulsão de todos os judeus que não se tinham convertido ao catolicismo.

Em 1506 vários motins anti-cristãos-novos (judeus convertidos) levaram à tragica morte de quatro mil pessoas no massacre de Lisboa. Em 1515 o rei pediu que fosse estabelecida uma inquisição para sistematicamente perseguir os cristãos-novos, que foi inicialmente recusada pela papa. Iniciada em 1536, só foi extinta em 1821 quando o país atravessava uma revolução constitucionalista. Muitos destes judeus portugueses e cristãos-novos conseguiram fugir e estabelecer-se em países como Marrocos, França, Itália, Croácia, Grécia, Turquia, Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Egipto, Líbia, Tunísia e Algéria. Ainda para cidades do norte da Europa como Londres, Nantes, Paris, Antuérpia, Bruxelas, Roterdão, Amesterdão, Glückstadt, Hamburgo e Colónia, para outros países como o Brasil, Argentina, México, para as Antilhas e para os Estados Unidos da América, entre outros.

A herança judaica sefardita existente em Portugal deixou marcas profundas e decisivas para o desenvolvimento do país. Das comunidades de homens de negócio, de ciência e de letras, filósofos, médicos, astrónomos, saíram grandes contributos para o país. O tempo pode ter diminuído as marcas da presença judaica na vida e na memória dos portugueses, mas foram outras marcas, perpetuadas em monumentos, casas, sinagogas, museus, e ainda nos sobrenomes de família e na gastronomia.

Um pouco por todo o país, desde a arquitetura ao urbanismo de cidades, vilas e aldeias, passando pela toponímia (Rua da Judiaria, Beco do Judeu, Calçada do Mestre, Travessa da Sinagoga), pela linguagem e costumes, pela cultura e mentalidades, a presença judaica mantém-se viva em Portugal. Trancoso, Belmonte, Guarda ou Castelo de Vide são algumas das localidades onde ainda se podem ver marcas e inscrições simbólicas esculpidas nas casas das antigas judiarias. De referir que, desde 1912, a comunidade judaica tem existência legal em Portugal.

Guarda
O centro histórico da cidade da Guarda ainda conserva traços do antigo bairro judeu. As casas tinham, em tempos mais remotos, apenas um andar. A partir do século XIV, as casas dos comerciantes tinham duas portas: uma mais ampla que conduzia à loja e uma menor que era a porta da residência. A sinagoga estava, inicialmente, num prédio alugado, mas mais tarde foi transferida para um edifício construído de raiz.

A entrada principal do bairro judaico situava-se nas Quatro Quinas, o ponto onde convergem três estradas que se cruzam e formam quatro cantos. Na antiga Rua Nova da Judiaria, hoje Rua do Amparo, ainda existe a porta – atualmente uma porta confinada – da casa do guarda, em que o vigia noturno controlava o acesso à cidade, abrindo e fechando a porta.

herança judaica em Belmonte
Belmonte
Neste vila vive a única comunidade judaica que sobreviveu à conversão forçada de 1497, à Inquisição e atravessou meio milénio de perseguição e intolerância. Uma epígrafe comprova a existência de uma sinagoga já em 1297, porém a presença judaica nesta região será muito mais antiga. O Museu Judaico de Belmonte tem uma exposição centrada na vivência e na identidade da comunidade judaica da vila, com especial foco nas práticas quotidianas e religiosas. O visitante tem, em Belmonte, acesso a vários serviços kosher, especialmente um hotel preparado para o Shabat, que também serve refeições segundos os critérios religiosos judaicos. Atualmente a comunidade judaica de Belmonte tem uma sinagoga nova, inaugurada em 1996, e um cemitério próprio. A sinagoga está orientada para Jerusalém e tem o nome de Beit Eliahu.

Bragança
A comunidade judaica de Bragança era já muito significativa na Idade Média. A judiaria organizada já existiria no início do século XV, tendo os sucessivos monarcas concedido vários privilégios a esta comunidade bastante dinâmica a nível económico. Com a expulsão de Castela em 1492, a portagem estabelecida em Bragança terá deixado passar cerca de três mil judeus vindos de Benavente, em Espanha. Bragança perdeu o lugar de centralidade judaica no nordeste peninsular, com a fuga, a prisão e a morte de muitos dos seus mais capacitados indivíduos. Muitos judeus do nordeste transmontano viram os seus filhos partir para a diáspora.

Mas no início do século XX ainda havia uma comunidade criptojudia (constituída por judeus supostamente cristãos porque batizados, mas que professavam a fé judaica em segredo) que foi dinamizada. Bragança tem hoje dois espaços dedicados a recuperar a memória e a identidade sefardita: o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano e o Memorial e Centro de Documentação Bragança Sefardita, situados na ‘Rua dos museus’.

Trancoso
A comunidade judaica de Trancoso é anterior ao século XIV e no século seguinte o número de membros da comunidade seria já superior aos da cidade da Guarda. Para além dos equipamentos temáticos dedicados à herança judaica, a cidade tem um património que nos remete para um importante centro de cultura sefardita.

Destaca-se a Casa do Gato Preto, um edifício medieval que tem na sua fachada vários altos-relevos interpretados como judaicos, especialmente o Leão de Judá. Perto deste edifício, tradicionalmente indicado como a casa de um rabino, encontra-se o Poço do Mestre, poço que poderia fornecer a água corrente para os banhos rituais femininos, o mikveh. O Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso é um edifício moderno, que integra uma sinagoga. A exposição sobre a herança sefardita de Trancoso merece uma visita.

Carção
Carção é uma pequena povoação do concelho de Vimioso, muitas vezes referida como a ‘Capital do Marranismo’ (marranos eram os descendentes de judeus convertidos à força). No século XVII a Inquisição prendeu ali 130 pessoas, num total que rondaria os 400 moradores. Nunca uma povoação, pequena ou grande, fora tão fortemente devastada pelo tribunal religioso. No século XIX as autoridades católicas davam conta da forma como a prática judaica florescia, agora sem a Inquisição. Na aldeia, a população ainda há poucos anos se dividia entre os lavradores, cristãos, e os judeus, mercadores ou comerciantes.


Materializando esta herança, passados 500 anos sobre a expulsão dos judeus e posterior conversão forçada (1497), os órgãos próprios de governo da freguesia decidiram adotar como símbolo maior da sua bandeira, brasão, uma menorah (candelabro de 7 braços), assumindo a sua identidade marrana. A construção do Museu Judaico de Carção é uma homenagem natural desta povoação.
Vila Cova à Coelheira
Vila Cova à Coelheira é conhecida por ter albergado uma comunidade de judeus de dimensão considerável.

A forte presença da comunidade judaica marcou os costumes e vivências desta povoação, com evidentes vestígios e testemunhos, quer na tradição oral, na toponímia, nos sinais inscritos nas casas, quer nos costumes das gentes.

A mais forte perseguição aos criptojudeus de Vila Cova à Coelheira teve lugar entre 1724 e 1730. Apesar deste esforço da Inquisição, muita população continuou a praticar em segredo os seus rituais de culto, como se pode compreender melhor na visita ao Centro da Memória Judaica | Sinagoga.

Quando na década de oitenta do século passado são feitos vários trabalhos jornalísticos sobre o legado judaico nesta povoação, um iminente investigador judeu, Inácio Steinhardt, é recebido com um afável e orgulhoso: “Eu também sou dos nossos”.

Porto
A população judaica do Porto deve ter tido um significativo incremento com o Foral de 1123. À medida que a cidade foi crescendo económica e culturalmente, a comunidade judaica também foi aumentando. Devem ter existido três judiarias: a Judiaria Velha na Rua das Aldas (atual Rua de Sant’Ana), a Judiaria de Monchique, extramuros, em Miragaia, e a Judiaria Nova do Olival, novamente dentro de muros. Hoje, os principais vestígios podem ser vistos naquela que era a Judiaria Nova do Olival, para onde D. João I (1357-1433) mandou concentrar os judeus em 1386. A sinagoga desta judiaria deveria situar-se onde hoje se encontra o Mosteiro de S. Bento da Vitória, perto da antiga Cadeia da Relação. Delimitada pela hoje Rua de S. Bento da Vitória, pelas escadas da Vitória, antiga Escadas da Esnoga, e a rua de Belomonte, o eixo principal da judiaria era a Rua de S. Miguel, onde viviam os principais mercadores da comunidade.

Coimbra
O mais antigo bairro judaico situava-se na encosta, do lado de Santa Cruz, nas ribas de Corpus Christi (Corpo de Deus). O bairro muçulmano, em frente ao mosteiro. Havia pois, uma Coimbra cristã, uma Coimbra judaica e uma Coimbra árabe, num triângulo ecuménico de miscigenação cultural. A primeira tentativa para delimitar a Judiaria Nova ocorreu, no local designado de Pedreira, próximo da Colegiada de São Salvador. Contudo e, devido à forte oposição dos padres de São Salvador, o rei delimitaria a nova judiaria próximo do Largo de Sansão, num terreno insalubre, frequentemente afectado por cheias.

A Judiaria Nova estender-se-ia pela área compreendida entre a Rua Direita e a Colegiada de Santa Justa (de um lado) e até ao Largo da Freiria (no outro). Esta delimitação terá ocorrido cerca de 1360/80. Esta área acolhera também os mesteirais (artífices) que aqui se estabeleceram, facto, ainda hoje, bem presente na toponímia da área comercial (Baixa).

Castelo Branco
É inegável o lugar que os judeus tiveram no desenvolvimento de Castelo Branco. Com a chegada dos judeus expulsos de Castela em 1492, a população judia pode ter aumentado quase 60%. A judiaria de Castelo Branco situava-se entre a Rua D’Ega e o troço norte das muralhas. Terá existido uma sinagoga e presume-se, ainda sem confirmação arqueológica, ter-se situado no atual nº 10 da Rua da Misericórdia. No centro histórico, onde era a judiaria, ainda se podem encontrar vários vestígios simbólicos judaicos, entre eles uma menorah e uma mezuzah. A Casa da Memória da Presença Judaica em Castelo Branco permite ao visitante uma melhor compreensão deste passado da cidade. A cidade propõe um roteiro para que os visitantes possam percorrer as ruas do casco medieval reconstituindo a possível delimitação da velha judiaria. Em portadas de casas da Rua d’Ega, da Rua Nova e da Rua da Misericórdia, podem encontrar-se vestígios dos sefarditas que aí viveram.
Covilhã
A Covilhã albergou uma judiaria no centro da povoação medieval que, à época da conversão dos judeus, se dividia em três núcleos e incluía uma sinagoga. Nesses anos dos finais do século XV habitavam na importante povoação serrana mais de 400 judeus, cujas actividades se dividiam entre ofícios artesanais, labores mercantis e profissões médicas. Na cidade dos lanifícios, os judeus e cristãos-novos estiveram intimamente ligados ao desenvolvimento da indústria laneira, e alguns dos membros desta comunidade destacaram-se na empresa dos Descobrimentos, nomeadamente Mestre José Vizinho e Francisco Faleiro, renomados cosmógrafos covilhanenses.

Tomar

A referência mais recuada à comunidade judaica de Tomar data de 1315. O Infante D. Henrique (1394-1460), ma das personagens da História de Portugal mais ligada aos Descobrimentos Marítimos, impulsionou a organização da judiaria e a construção da sinagoga. No final do século XV, a população judaica de Tomar seria cerca de metade da população da cidade, mas com a inquisição, em 1536, Tomar foi das cidades mais fustigadas, tendo sofrido grandes perdas na sua vitalidade comercial e cultural fruto dessa perseguição.

Tomar é hoje uma cidade relevante na redescoberta do património sefardita, devido à Sinagoga de Tomar – Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto.

Torres Vedras
A existência de judeus em Torres Vedras deverá ser da época da conquista cristã, ou mesmo anterior. Em meados do século XIII existia já uma importante comunidade que foi florescendo ao longo dos dois séculos seguintes. A existência de um bairro próprio, desenvolvendo-se em redor da sinagoga, é sugerida em 1322, com a primeira referência à judiaria (na atual rua dos Celeiros de Santa Maria). Em 1381 viviam na vila 25 famílias judias. O crescimento da comunidade, ao longo das décadas seguintes, levaria ao pedido de avanço da porta da judiaria, em 1469. Na vila, os membros da comunidade judaica dedicavam-se aos ofícios mecânicos, ao comércio ou à finança; nos arredores, eram grandes proprietários rurais, rendeiros.

Perto dos limites da judiaria há hoje o Centro de Interpretação da Comunidade Judaica Torres Vedras.


Lisboa
É muito provável que a presença judaica em Lisboa seja anterior à chegada das tropas romanas. Na Idade Média a comunidade era suficientemente grande e próspera para que o rei tenha tomado uma medida invulgar e que marcaria uma política ao longo dos séculos seguintes: protegeu os judeus, quer após a conquista, aquando do saque, quer quando deu Foral à cidade em 1170. A cidade mercantil de Lisboa floresceu com três judiarias, a que corresponderiam cinco sinagogas em 1496, havendo notícia de uma com alguma monumentalidade (a pedra de inauguração encontra-se na Sinagoga de Tomar). A população judaica, seja a residente há longas gerações, seja a que chegou ao longo do século XV, fugida de Castela, ajudou ao engrandecimento do Reino e da cidade. Contudo, a expulsão e a conversão forçada de 1497 levou a um clima de medo e de perseguição, que teve como ponto alto o massacre a 19 de abril de 1506, hoje recordado no Memorial às Vítimas do Massacre de 1506.

Só na segunda metade do século XIX Lisboa teria novamente uma comunidade judaica, que existe ainda hoje. A principal sinagoga, a Shaaré Tikvah, Portas da Esperança, foi construída em 1904. Há uma segunda sinagoga, a Ohel Jacob, de tradição asquenazita, progressista-liberal. Hoje, quem pesquisa os estudos sefarditas pode recorrer à documentação guardada em várias instituições de Lisboa, como os Arquivos Nacionais / Torre do Tombo e a Biblioteca Nacional de Portugal, entre outros.

Cascais
Apesar de Cascais ter tido presença judaica na Idade Média, esta vila ganha especial destaque durante a Segunda Guerra Mundial quando se torna no principal ponto de acolhimento de refugiados, especialmente de judeus fugidos ao regime nazi, realidade retratada no filme Casablanca.

Muitos destes refugiados estavam apenas de passagem por Portugal, enquanto aguardavam transporte para os levar para os EUA, especialmente para Nova Iorque, ou para a Cidade do México, Rio de Janeiro ou Buenos Aires. Entre os muitos refugiados que viveram na década de quarenta do século XX em Cascais e no Estoril, conta-se, por exemplo, o autor de ‘O Principezinho’, Antoine de Saint-Exupéry que, com base na sua experiência, escreveu o livro ‘Carta a Um Refém’ (1943) onde descreve a vida quotidiana dos refugiados.

Nos últimos anos, muitos judeus estrangeiros migraram para esta vila costeira. Em resultado deste crescimento, encontra-se em fase de criação uma comunidade judaica organizada, tendo já recebido uma Torah em 2015, terminada de redigir já em Portugal. Todos os anos se celebra publicamente o Hanukah com o acender diário dos braços da Hanukiah. Em Cascais vai-se construir o Jewish Life and Learning Center (Centro de Aprendizagem da Vida Judaica), imagem da vitalidade da comunidade judaica, acolhendo cada vez mais judeus migrantes oriundos de diversas origens.

Elvas
Desde época islâmica que Elvas deveria ter uma significativa comunidade judaica, vivendo a significativa paz religiosa vivida no Al-Andaluz, território da Península Ibérica sob domínio islâmico. A comunidade seria bastante grande e, já no domínio cristão da cidade, existiam duas judiarias, a Velha (Praça da República e ruas em redor) e a Nova (a Oeste da zona da Alcáçova). O facto de no século XIV já haver uma Judiaria Velha demonstra a antiguidade da organização comunal. De acordo com a dimensão da comunidade, haveria uma grande sinagoga, possivelmente onde hoje se encontra a Casa da História Judaica de Elvas.

Na Idade Média, a comunidade judaica de Elvas seria uma das maiores de Portugal.

Castelo de Vide
herança judaica em Castelo de Vide
A comunidade judaica de Castelo de Vide é anterior ao século XIV. Com o rei D. Pedro I passou a estar confinada a uma judiaria, localizada no eixo viário da saída mais importante da vila. A presença judaica revela-se na toponímia: a Rua da Judiaria, a Rua da Fonte ou a Ruinha da Judiaria. O ex-libris da vila é a fonte que se encontra no largo a partir do qual se articulava toda a judiara, a chamada Fonte da Vila. Em Castelo de Vide nasceu o célebre médico judeu e pioneiro da botânica e da farmacologia, Garcia de Orta (1501-1568) que, depois de ter seguido para o Oriente, foi perseguido pela Inquisição. Garcia da Orta foi o autor do livro Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia, primeiro registo científico europeu sobre a plantas medicinais do Oriente, editado em Goa em 1563. Em 1989, numa iniciativa inédita, o então presidente da República, Mário Soares, apresentou em Castelo de Vide o pedido de perdão aos judeus pelas perseguições inquisitoriais de que foram vítimas em Portugal.


[Fonte: www.mundoportugues.pt]

1 comentário:

  1. Também em Fornos de Algodres que está incluído na "Rede das Judiarias", existem várias evidências da existência de judeus e cristãos-novos, principalmente na Rua e Travessa da Torre, mas também nas Ruas do Outeiro de Baixo, de Santo António, Fresca, das Carretas e de S. Salvador, na zona antiga da vila!

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