sábado, 25 de janeiro de 2014

Portugal e CPLP querem facilitar circulação de cidadãos da Comunidade lusófona


O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, Rui Machete, e o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o embaixador moçambicano Murade Murargy, concordaram na necessidade de facilitar a circulação dos cidadãos, eliminando “empecilhos burocráticos”, no espaço constituído pelos oito países lusófonos.

“A questão da mobilidade no espaço da nossa Comunidade é um desafio enorme, mas com coragem e com determinação podemos encontrar soluções ou portas abertas para que a nossa Comunidade possa circular no espaço” da CPLP, disse o responsável da organização, Murade Murargy.


Para o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, em visita à sede da organização, em Lisboa, “a CPLP deve tentar que os cidadãos possam fazer essa circulação com maior liberdade e livres de alguns empecilhos burocráticos hoje ainda difíceis de ultrapassar”.

–– “Pode ser feito muito mais” pela CPLP ––

Em uma breve intervenção antes de o ministro assinar o livro de honra da CPLP, Murargy sublinhou que, “apesar dos constrangimentos de vária ordem, a organização está a impor-se, tanto a nível interno como a nível internacional”. O secretário-executivo destacou ainda que “pode ser feito muito mais”, nomeadamente na área económica e empresarial.

Murargy disse que a CPLP quer “criar as bases para esta vertente da cooperação entre os Estados-membros”, através de “políticas para que os empresários possam exercer os fluxos de investimento”.

No mesmo sentido, o ministro Rui Machete considerou que a Comunidade “tem de alargar os seus horizontes a uma atividade cada vez mais desenvolvida, que permita criar riqueza para os seus membros”, e deu os exemplos do papel dos observadores e da assinatura de instrumentos jurídicos que facilitem a circulação de pessoas, bens e serviços.

O secretário-executivo argumentou ainda que os cidadãos dos oito países que integram a Comunidade “aguardam que a CPLP também seja deles e que sintam que fazem parte desta Comunidade”, avisando: “Senão, corremos o risco de a CPLP se desvanecer.”

“Temos de criar um espaço para que a sociedade civil possa também participar neste projeto”, sugeriu.

–– Sobre a Cimeira de Díli e o português na Ásia ––

Sobre a Cimeira da CPLP, que se realizará em Díli, Timor-Leste, em julho, o ministro Rui Machete disse esperar que marque “uma progressiva expansão da Língua Portuguesa na Ásia”.

“Timor-Leste tem a extraordinária oportunidade de lançar o uso da Língua, de uma maneira muito mais espalhada, e num grau de utilização cultural mais elevada”, referiu.

Murade Murargy defendeu que será “um meio caminho para a nova visão sobre a CPLP”, que este ano cumpre 18 anos de existência, e vai marcar “a reafirmação do compromisso político de a transformar numa organização internacional”.

A CPLP é constituída por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.  :::

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–– Extraído da Agência Lusa ––

[Fonte: www.ventosdalusofonia.wordpress.com]

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