quinta-feira, 12 de abril de 2012

Asimov e o mundo em que vivemos


Exatamente há 20 anos, o mundo perdia seu mais profícuo e genial autor de ficção científica: Isaac Asimov foi uma das vítimas da AIDS entre tantas outras celebridades que pereceram da doença entre a década de 80 e 90, como o cantor Freedie Mercury, o filósofo Michael Foucault e o sociólogo Betinho, entre tantos outros. Uma morte atribuída ao avanço inconsequente da medicina: a transfusão de sangue infectado, prática que se tornou corrente devido ao desconhecimento dos mecanismos da doença. De certa forma, Asimov foi vítima do futuro que caminhava a passos largos da segunda metade do século 20.

O futuro, para ele, já era algo presente em sua obra. Autor de mais de 500 obras de ficção, ensaios e educação – algo impensável para os padrões de hoje, Isaac Asimov era um verdadeiro visionário e talvez fosse um dos últimos homens da renascença a viver nossos dias. Seu conhecimento sobre a ciência se transpareciam em seus livros, que previam situações absurdas que hoje já nos parece um tanto plausíveis. Um exemplo citado de memória: em um de seus contos, uma pane nos computadores e calculadoras invalidou toda uma sociedade que, de tão dependentes das máquinas, perdeu a capacidade de realizar contas de cabeça, mesmo as operações mais básicas. A delegação de nossa autonomia científica à eletrônica e à robótica é cada vez mais presente.

O medo de que as máquinas autômatas, ou robôs, se rebelassem contra a humanidade também fez parte de seu imaginário ficcional, mas em realidade Asimov, com suas leis da robótica (que atestavam que nenhum robô deveria fazer mal a um humano), já previa que as máquinas se tornariam parte do nosso dia a dia e nos serviriam tanto no lazer quanto no trabalho, mas principalmente na educação. A isso se atribui uma das mais impressionantes previsões do autor, que, numa entrevista gravada em 1988 para o programa de TV World of Ideas, fala da transformação que uma rede interligada de computadores faria na maneira como aprendemos e na maneira como produzimos conteúdo. 

Confira abaixo:



[Fonte: www.gazetadopovo.com.br]

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