quarta-feira, 26 de abril de 2017

Canções de Revoluções ecoaram num Terreiro do Paço emocionado

O aniversário da revolução de 25 de abril de 1974 foi assinalado na noite de 24 num concerto que teve lugar num Terreiro do Paço, muito povoado e que contou com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, António Zambujo, Vitorino, Lura, André Gago e outros.

Escrito por Zita Ferreira Braga
 
Foi com Lura que teve início o desfiar de canções que nasceram em contexto de ditadura, de conflitos, que serão sempre símbolo de intervenção e de protesto.
Ouvimos “O que faz falta”, “Liberdade” e “Lembra-me um sonho”. Aplausos e ao Terreiro do Paço cada vez chegava mais gente
Inserido no âmbito de Lisboa-Capital Ibero-Americana de Cultura, o espectáculo teve como objectivo trazer à memória dos presentes canções de outras lutas como o Chile, a Argentina, o Brasil, Cuba, México, Espanha.

E Vitorino cantou “Canción com Todos” e “Razón de Vivir”, e Silvia Perez Cruz trouxe uma das canções mais bonitas da América Latina, “Gracias a la Vida”, numa homenagem a Violeta Parra.

E à memória surgiam imagens enevoadas de países em luta como o Brasil, o Chile, a Argentina, luta essa imortalizada nas canções que ouvíamos.

Vitorino foi brilhante na sua interpretação de “Maria da Fonte”, depois de ter cantado e bem “Ay Carmela”.

António Zambujo lembrou Chico Buarque e o Brasil da ditadura militar cantando “Cálice”.

Os líricos, Mário Alves, tenor e Marina Pacheco, soprano também contribuíram para este magnífico concerto, com alguns temas entre eles “Hasta Siempre”, e Cuba chegou ao Terreiro do Paço, “El Pueblo Unido” e o Chile disse “presente”.

Não podemos deixar de mencionar o coro Lisboa Cantat excelente a interpretar “Grandola” com Vitorino, tema que aliás cantou com todo o povo que enchia o Terreiro do Paço. Foi bonito de ver e ouvir.

Uma palavra para a Orquestra Metropolitana que temos ouvido em outros registos e neste caso brilhantemente dirigida por Cesário Costa, que imprimiu um ritmo excelente, quase diabólico a toda a execução.

Não esquecemos Pedro Jóia, Alexandre Frazão e Norton Daiello presentes nesta festa comemorativa de mais um ano de Liberdade.


[Fonte: www.hardmusica.pt]

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