Escrito por Diana Bento
Jerzy Skolimowki não é novidade no Estoril Film Festival, onde no
ano passado, ganhou o prémio de Melhor Filme com "11 minutos" e, agora,
para quem ainda não viu, marca estreia para a semana nas salas
portuguesas, quinta-feira, precisamente no próximo dia 11 de agosto.
Tudo conflui, precisamente, em "11 minutos". O filme deste
realizador polaco move-se com histórias entrelaçadas de várias
personagens, num registo de filmagem inicial quase amadora passando
rápida e facilmente para uma sequência de planos e fotografia quase
imperial.
Em todo o filme reina este sentido, quase estético, do império, ora sólido e majestoso, ora prestes a cair e a desmoronar-se. Num meio urbano, uma série de habitantes, numa cadeia de acontecimentos completamente fortuitos e inesperados, acabam todos por ser atraídos para o mesmo tempo: 11 minutos apenas.
De facto, o trabalho do director de fotografia (Mikolaj Lebkowski) torna-se lustroso, numa passagem que nos mantém despertos, através da alternância entre a agitação da câmara à mão (parecendo amador) com as sequências ou panorâmicas lentas, que nos transporta para simples e quotidianos hábitos. A acompanhar esta mistura de técnicas, vem o design de som, que também não nos é suave e mantém-nos alerta, com fortes usos de ruídos circunstanciais, embora de passagem, como o caso de um avião em aparente proximidade de aterragem, mas que sugere e ressoa sempre a uma tragédia iminente.
Não deve ser por acaso as inúmeras referências ao longo das cenas ao número 11, nem tão pouco as personagens principais serem igualmente 11, e apesar de se subentender que todas elas se vão encadear, não se torna um filme maçador nem demasiado previsível.
Em todo o filme reina este sentido, quase estético, do império, ora sólido e majestoso, ora prestes a cair e a desmoronar-se. Num meio urbano, uma série de habitantes, numa cadeia de acontecimentos completamente fortuitos e inesperados, acabam todos por ser atraídos para o mesmo tempo: 11 minutos apenas.
De facto, o trabalho do director de fotografia (Mikolaj Lebkowski) torna-se lustroso, numa passagem que nos mantém despertos, através da alternância entre a agitação da câmara à mão (parecendo amador) com as sequências ou panorâmicas lentas, que nos transporta para simples e quotidianos hábitos. A acompanhar esta mistura de técnicas, vem o design de som, que também não nos é suave e mantém-nos alerta, com fortes usos de ruídos circunstanciais, embora de passagem, como o caso de um avião em aparente proximidade de aterragem, mas que sugere e ressoa sempre a uma tragédia iminente.
Não deve ser por acaso as inúmeras referências ao longo das cenas ao número 11, nem tão pouco as personagens principais serem igualmente 11, e apesar de se subentender que todas elas se vão encadear, não se torna um filme maçador nem demasiado previsível.
[Fonte: www.hardmusica.pt]
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