O Instituto Português do Oriente já sabe o desejo que vai pedir para a sua próxima jornada, quando apagar hoje 25 velas. Face à crescente procura da Língua Portuguesa e à relação dos países lusófonos com a China, o IPOR pretende ser um interlocutor mais activo entre as várias partes que se reúnem em Macau, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o director da instituição. João Laurentino Neves avançou que vão ser desenvolvidos projectos com acções estratégias de posicionamento
Por Fátima Almeida
O Instituto Português do Oriente (IPOR) celebra hoje 25 anos com um desejo especial: reforçar o seu papel em termos de interlocutor válido e de valor entre Portugal, Macau e China, expressou o director da instituição em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU. João Laurentino Neves avançou que estão em cima da mesa alguns projectos, concretos, que a instituição começou a desenvolver ainda este ano por forma a concertar esta estratégia de estar cada vez mais presente na plataforma que serve a promoção da Língua Portuguesa.
Levantando apenas a ponta do véu sobre os planos que o Instituto Português do Oriente pretende implementar para fortalecer a missão a que se tem proposto ao longo do seu quarto de século, João Laurentino Neves referiu que estão em causa “acções estratégicas de posicionamento” no novo contexto de relações que envolvem a Língua Portuguesa. “A grande prenda que a direcção [do IPOR] gostaria de oferecer é o seu papel institucional como interlocutor entre as partes aqui reunidas [em Macau]”, começou por explicar.
A direcção do IPOR pretende assim acompanhar as novas dinâmicas que envolvem a Língua Portuguesa. “Todas as direcções prestaram o seu contributo e em função da nova realidade e da procura acrescida, negócio, e face à aceleração da cooperação e das novas oportunidades, queremos acompanhar as dinâmicas para dar resposta em termos de materiais, parcerias, projectos estratégicos que reforcem o papel do IPOR”, enfatizou João Laurentino Neves.
O director do IPOR considera que Macau “tem todas as condições e desenvolvido o seu papel para funcionar como uma grande centro de difusão” da língua portuguesa, tendo a oportunidade de reforçar as suas oportunidades. “[Macau] tem instituições de ensino superior e, por isso, pode cada vez mais afirmar-se como centro de saber mas também de formação”, frisou.
Olhando para o passado, João Laurentino Neves recorda o trabalho que as diferentes direcções da instituição desenvolveram para que este projecto se fortalecesse. “Esta data é redonda e significa que a instituição ganhou o seu espaço no essencial na plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa com base na promoção das suas culturas e da Língua Portuguesa”.
Ao mesmo tempo, o director do IPOR acredita que esta “longa história” é feita de “contributos valiosos”, em que os seus intervenientes, “de acordo com as circunstâncias de cada momento, tentaram encontrar as melhores soluções e contributos para que a Língua Portuguesa, que tem história em Macau, permanecesse”.
Os números também mostram a vitalidade do IPOR, assinala o mesmo responsável. “Fechámos há pouco as inscrições e tivemos um índice de crescimento do número de alunos e um reforço da procura de novos alunos”, referiu ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.
Também nas acções de formação que são ministradas através de parcerias com instituições públicas e privadas houve um aumento superior a 50 por cento das horas de formação o que, segundo Laurentino Neves, demonstra que o IPOR está “a dar boas respostas qualitativas e é reconhecido o papel que a língua portuguesa pode assumir”.
De acordo com números fornecidos recentemente à agência Lusa, o IPOR tem cerca de 60 alunos inscritos no curso de crianças que foi lançado em noves moldes no ano passado. Para além dos cursos específicos para empresas e para a Administração Pública, em que já registou 1.400 alunos em 28 acções de formação em 2014, o Instituto Português do Oriente tinha ainda inscritos 1.120 alunos nos cursos gerais e de crianças.
Para assinalar os 25 anos o IPOR vai realizar uma exposição que percorre os principais momentos da actividade da instituição. Em cima da mesa estão ainda projectos como o guia de conversação chinês/português e a criação de ferramentas digitais para os professores.
[ Fonte: www.jtm.com.mo]
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