A população estrangeira residente em Portugal cresceu cerca de 70 por cento, na última década, revelou
o Instituto Nacional de Estatística (INE), indicando que viviam ano passado
em Portugal perto de 400 mil imigrantes, representando 3,7 por cento do
total do país. Por Graciano Coutinho
O INE adianta que, na última década, a população estrangeira a
residir em Portugal cresceu cerca de 70 por cento, correspondendo a um
aumento de 167.781 imigrantes.
Na década anterior, esse aumento tinha sido de 112 por cento.
De acordo com o INE, o imigrante residente em Portugal é
maioritariamente mulher, de nacionalidade brasileira, com 34 anos de
idade, solteira, católica, residente na região de Lisboa, com o ensino
secundário e estava empregada no comércio, restauração, construção e nas
limpezas.
Os dados do último Censo mostram que a região de Lisboa concentrava
mais de metade dos estrangeiros, que vivem sobretudo nos municípios de
Sintra e de Lisboa, seguindo-se Amadora, Cascais e Loures.
Os imigrantes oriundos dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) estavam fortemente concentrados em Sintra e na Amadora.
A comunidade britânica residia sobretudo na região do Algarve,
enquanto os imigrantes ucranianos, romenos e moldavos se encontravam
dispersos pelo país, de acordo com os dados recolhidos nos últimos
Censos.
O INE indica igualmente que a maior comunidade estrangeira a viver em
Portugal é brasileira, com 109.787 pessoas (cerca de 28 por cento do
total de imigrantes), seguindo-se a cabo-verdiana, com 38.895 (10 por
cento).
A comunidade ucraniana é a terceira mais representativa no país, com
nove por cento, seguindo-se a angolana e a romena, com 6,8 e 6,3 por
cento, respectivamente.
Na última década, os países da América do Sul reforçaram a
importância, passando de 17 para 29 por cento do total de imigrantes,
devido essencialmente ao crescimento dos imigrantes brasileiros.
O INE destaca que, nos últimos dez anos, também os imigrantes
oriundos dos países asiáticos aumentaram a sua presença em Portugal,
passando de 2,6 para seis por cento, sobretudo pelo crescimento da
população chinesa.
Enquanto os imigrantes brasileiros, ucranianos, romenos e chineses
foram os que registaram maior aumento, em Portugal, já a comunidade
angolana decresceu 27,2 por cento, na última década, correspondendo a
uma diminuição de cerca de 10 mil pessoas.
Segundo o INE, os angolanos eram a maior comunidade de estrangeiros residentes em Portugal, em 2001.
Os dados do Censos indicam ainda que os imigrantes em Portugal eram,
na maioria, à data dos inquéritos, mulheres, jovens, solteiros, possuíam
o ensino secundário e trabalhavam sobretudo no comércio, na
restauração, na construção e nas limpezas.
sol
[Fonte: blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte]
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