quarta-feira, 29 de maio de 2013

A população estrangeira residente em Portugal aumentou cerca de 70 por cento, na última década

A população estrangeira residente em Portugal cresceu cerca de 70 por cento, na última década, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), indicando que viviam ano passado em Portugal perto de 400 mil imigrantes, representando 3,7 por cento do total do país. Por Graciano Coutinho

O INE adianta que, na última década, a população estrangeira a residir em Portugal cresceu cerca de 70 por cento, correspondendo a um aumento de 167.781 imigrantes.

Na década anterior, esse aumento tinha sido de 112 por cento.

De acordo com o INE, o imigrante residente em Portugal é maioritariamente mulher, de nacionalidade brasileira, com 34 anos de idade, solteira, católica, residente na região de Lisboa, com o ensino secundário e estava empregada no comércio, restauração, construção e nas limpezas.

Os dados do último Censo mostram que a região de Lisboa concentrava mais de metade dos estrangeiros, que vivem sobretudo nos municípios de Sintra e de Lisboa, seguindo-se Amadora, Cascais e Loures.

Os imigrantes oriundos dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) estavam fortemente concentrados em Sintra e na Amadora.

A comunidade britânica residia sobretudo na região do Algarve, enquanto os imigrantes ucranianos, romenos e moldavos se encontravam dispersos pelo país, de acordo com os dados recolhidos nos últimos Censos.

O INE indica igualmente que a maior comunidade estrangeira a viver em Portugal é brasileira, com 109.787 pessoas (cerca de 28 por cento do total de imigrantes), seguindo-se a cabo-verdiana, com 38.895 (10 por cento).

A comunidade ucraniana é a terceira mais representativa no país, com nove por cento, seguindo-se a angolana e a romena, com 6,8 e 6,3 por cento, respectivamente.

Na última década, os países da América do Sul reforçaram a importância, passando de 17 para 29 por cento do total de imigrantes, devido essencialmente ao crescimento dos imigrantes brasileiros.

O INE destaca que, nos últimos dez anos, também os imigrantes oriundos dos países asiáticos aumentaram a sua presença em Portugal, passando de 2,6 para seis por cento, sobretudo pelo crescimento da população chinesa.

Enquanto os imigrantes brasileiros, ucranianos, romenos e chineses foram os que registaram maior aumento, em Portugal, já a comunidade angolana decresceu 27,2 por cento, na última década, correspondendo a uma diminuição de cerca de 10 mil pessoas.

Segundo o INE, os angolanos eram a maior comunidade de estrangeiros residentes em Portugal, em 2001.

Os dados do Censos indicam ainda que os imigrantes em Portugal eram, na maioria, à data dos inquéritos, mulheres, jovens, solteiros, possuíam o ensino secundário e trabalhavam sobretudo no comércio, na restauração, na construção e nas limpezas.

sol 

[Fonte: blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte]

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