Justificam-se amplamente as referências à celebração do centenário de Amália Rodrigues (1920-1999), num conjunto de estudos e evocações que serão aliás objeto de um livro de Miguel Carvalho, a ser lançado esta semana, e ao qual faremos referência depois de analisado. Em qualquer caso, importa desde já ter presente aspetos muito específicos da vida, obra e atuação de Amália, mesmo antes da leitura e análise do livro citado.
E isto porque Amália marcou e marca até hoje a cultura portuguesa em aspetos relevantes da sua criatividade, mas também da projeção internacional que amplamente exerceu. E não se diga que o fado tem valor menor da expressão e criatividade, projeção e prestígio no plano cultural/internacional, desde que em si mesmo alcance e mantenha a qualidade e criatividade que indubitavelmente marcou a vida e obra de Amália.
Desde logo pela internacionalização: levou o fado, goste-se ou não, como expressão da arte e da cultura portuguesa a dezenas de países, ao longo de uma carreira de dezenas de anos: citem-se designadamente espetáculos em Madrid, Paris, Londres, Roma, Trieste, Berlim, Dublin, Haia, Genebra, Berna, Lausanne, Tóquio, Moscovo, Rio de Janeiro, São Paulo, além das colónias portuguesas.
E também será oportuno evocar dois espetáculos de grande público e consagração no Coliseu dos Recreios em Lisboa, onde em 1965 se reafirmou, repita-se, para o grande público, a sua ímpar carreira.
E citamos alguns filmes em que atuou: “Capas Negras”, “Fado”, “Vendaval Maravilhoso” de Leitão de Barros...
Mas não queremos hoje desenvolver o tema, pois entretanto será lançado o livro de Miguel Carvalho, intitulado, note-se, “Amália – Ditadura e Revolução”.
E na análise do livro voltaremos à evocação de Amália Rodrigues.
DUARTE IVO CRUZ
[Fonte: e-cultura.blogs.sapo.pt]
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