O RomArchive pretende destacar a rica herança cultural dos ciganos, que é parte da cultura europeia, apesar de muitas vezes ser ignorada.
A cultura cigana, rom, pode não ser uma manifestação mainstream, mas tem a sua essência e a sua importância – merece ser preservada, entendida, contemplada como todas as restantes expressões étnicas. É a isso que se propõe o RomArchive, um projecto iniciado há três anos e meio.
Depois de envolver 150 pessoas em 15 países e de juntar 5 mil itens da cultura cigana – entre fotos, textos, vídeos e áudios –, o RomArchive foi por fim lançado. Trata-se de um acervo digital que se propõe a preservar a cultura cigana, apresentando uma narrativa contada pelos próprios integrantes da comunidade, marcada por um misto de fascínio e desdém.
Não se sabe muito sobre a origem dos povos ciganos, mas acredita-se que tenham surgido na Índia e migrado, por motivo desconhecido, para a Europa, por onde se espalharam. A história cigana é uma história de escravidão, discriminação e perseguição com séculos e séculos de sofrimento; aliás, crê-se que os ciganos tenham sido vítimas de trabalhos forçados desde meados do século 14 até ao século XX.
Actualmente estima-se que existam entre 12 e 14 milhões de ciganos espalhados pelo mundo, sendo que cerca de 4 milhões falam romani, o dialeto oficial do povo e para a UNESCO uma das línguas em risco de extinção.
[Fonte: shifter.sapo.pt]
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