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Três dos indicados, Riad Sattouf, Daniel Clowes e Joann Sfar, chegaram a afirmar que se retirariam da seleção em repúdio
O Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême mudou a forma de seleção dos artistas indicados para o Grande Prêmio após críticas de discriminação dada a ausência de nomes femininos na lista.
Em comunicado, os
organizadores afirmaram que para transpor “uma última etapa na democratização
para a indicação do Grande Prêmio” será dado “total livre arbítrio” aos
profissionais dos quadrinhos para fazer sua escolha dos ganhadores. Isto
significa que os organizadores não mais fornecerão uma lista de nomes a partir
da qual, até hoje, eram feitas as sucessivas seleções.
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Riad Sattouf participou da Flip em 2015 |
“O festival espera que deste modo o processo em marcha com
vistas a uma participação feminina cada vez maior na área dos quadrinhos
encontrará, quando os autores/autoras considerarem eles próprios ser oportuno,
uma forma de reconhecimento por meio deste Grande Prêmio”, diz o comunicado.
Os
organizadores responderam deste modo às queixas que lhes foram apresentadas
porque entre os 30 indicados ao prêmio de 2016 não havia nenhuma mulher.
Uma
campanha lançada por um grupo de profissionais dos quadrinhos contra o sexismo
formado por mais de uma centena de criadoras, pedia um boicote da eleição
vencedor do Grande Prêmio em protesto contra a ausência total de mulheres no
concurso.
Segundo o
grupo, tratava-se de uma “evidente discriminação” e uma “negação total da nossa
representatividade em um meio onde as mulheres atuam cada vez”.
Também a
ministra da Cultura da França, Fleur Pellerin, criticou a ausência de mulheres
entre os candidatos ao Grande Prêmio, afirmando ser “muito anormal”.
“A cultura
deve ser um exemplo em termos de igualdade e representação da diversidade, e
neste caso não observamos isto”, queixou-se a ministra.
Três dos
indicados, Riad Sattouf, Daniel Clowes e Joann Sfar, chegaram a afirmar que se
retirariam da seleção para mostrar seu repúdio.
O festival
se defendeu, negando qualquer disposição discriminatória e insistindo que há
anos os indicados saem de uma votação da qual participam três mil autores
profissionais. E observou que havia incluído mulheres na lista dos
selecionados, mas elas “obtiveram poucos votos e ficaram nas últimas posições”,
de modo que foram excluídas da lista que agora foi tornada sem efeito”.
Além
disso, enfatizaram que na seleção oficial de 2016 - que depende diretamente dos
organizadores - as mulheres têm “um porcentual muito significativo”: 25% dos
livros, quando as autoras representam 15% dos profissionais do setor.
São dez
livros realizados por mulheres que o festival convida o público e os
jornalistas a descobrirem porque “personificam, com os de outros autores
selecionados, o presente e o futuro dos quadrinhos”.
Tradução
de Terezinha Martino
[Fonte: www.estadao.com.br]
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