segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Livro reúne casos de crianças que fazem de intérpretes para os seus pais em consultas médicas

Por vezes, a experiência pode ser doloroso para os filhos

Não é incomum para os filhos nascidos ou criados no Japão servirem como intérpretes para os pais estrangeiros para diversas situações. Há casos, no entanto, que seu trabalho pode ter consequências dolorosas.

MEDINT, uma organização com sede em Kobe, publicou um livro intitulado "As crianças que assumem o papel de intérpretes", que narra a experiência de crianças que acompanham seus pais para consultas médicas com a função de tradutores.

A publicação de relatórios conta, o caso de uma mulher vietnamita que veio para o Japão quando tinha onze anos e cujo pai morreu quando ela estava estudando na escola. A adolescente teve a dolorosa tarefa de explicar à sua família qual foi a doença que levou o seu pai a morte. "Eu parecia o deus da morte", diz a mulher.

Outro caso, tão dolorosa como a do Vietnã, ou talvez pior, foi de uma criança que tinha que dizer à sua família que seu pai tinha câncer.

Nem toda história tem um final triste. Algumas crianças, foram recompensados por apoiar os seus pais, e acabam tornando-se intérpretes profissionais, revela Noriko Muramatsu, porta-voz do MEDINT entrevistada pelo Kyodo.

No entanto, o risco de uma criança ser o intérprete de seus pais em uma consulta médica não é apenas associado à enorme carga emocional que o pequeno tem de suportar a trágica notícia que pode vir a comunicar, mas também a tradução no campo da medicina exige algum conhecimento, caso contrário você pode errar.

Infelizmente, o campo da interpretação médica não é frutífero em termos econômicos. Portanto, não são poucas as pessoas que estão interessadas nele. Para compensar esta falta, existem grupos de voluntários que prestam serviços de interpretação médica em hospitais. 

[Fonte: www.ipcdigital.com]

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