O Governo de Macau pretende criar, em parceria com a União
Europeia, um curso de mestrado em Técnicas de Tradução Português/Chinês,
disse hoje em Bruxelas a secretária para a Administração e Justiça,
Florinda Chan.
Na capital europeia a acompanhar a visita que o chefe do Executivo
de Macau, Fernando Chui Sai On, concluiu hoje às instituições europeias e
ao governo belga, o que aconteceu pela primeira vez desde que tomou
posse em dezembro de 2009, Florinda Chan destacou aos jornalistas a
“excelente” colaboração entre Macau e a União Europeia desde 1992.
“Tem sido um sucesso”, disse, referindo-se às várias áreas e
programas de cooperação entre a União Europeia e Macau e ao salientar
que a conclusão positiva da cooperação fica a dever-se, numa primeira
fase, à “amizade” com Portugal e à presença do país nas instituições
europeias e, depois, também à amizade e forte vontade de colaboração com
Macau e a República Popular da China.
Salientando que o projeto de mestrado “está ainda numa fase
preliminar” e que “foram pedidas mais informações sobre o programa” que
arrancou recentemente em Maputo numa colaboração com Moçambique,
Florinda Chan vincou a vontade política da Administração de Macau
“proporcionar todas as ferramentas possíveis aos seus cidadãos, para que
estes possuam toda a capacidade de desempenhar um excelente trabalho de
tradução”.
No caso de Macau, e comparativamente a programas feitos com outros
países como Moçambique, Florinda Chan ressalva as diferenças, porque
para os tradutores de Macau a importância é entre o Português e o
Chinês, e não entre duas línguas mais próximas como o Português/Inglês
ou Português/Francês.
“Daremos sempre preferência à qualidade. Por isso mesmo, desde 2006,
quando se iniciaram os primeiros cursos complementares de técnicas de
tradução com a União Europeia, nunca conseguimos preencher todas as
vagas, porque exigimos sempre um grande rigor na avaliação das
capacidades dos candidatos”, disse.
Desde o início do primeiro curso complementar foram formados 38
técnicos, dos quais apenas nove não tinham um curso superior de
Tradução, mas todos possuem licenciaturas, acrescentou Florinda Chan.
A mesma responsável mostrou-se grata às entidades europeias, pela
cooperação com Macau, e disse que a visita do líder do governo a
Bruxelas terminou de forma positiva, porque quando há manifestação de
vontade de continuar a colaborar, permitindo acrescentar valor à
população e aos técnicos de Macau, é sempre um sinal positivo.
[Fonte: www.ionline.pt]
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