O binormativismo. Esa é a nova estratexia aprobada pola AGAL (Associaçom Galega da Língua) na asemblea que celebrou o pasado sábado no Pazo da Cultura de Pontevedra. Supón, segundo aclara, "un novo eixo programático para traballar conxuntamente co tecido cultural galego".
Membros da AGAL, tras a celebración dunha asemblea.
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A asociación reintegracionista defende con esta estratexia que "é possível, e até benéfico, o convívio de dous modelos gráficos para o galego": un máis local, identificado coa actual normativa do galego, e outro internacional, identificado coa proposta reintegracionista. Esta mudanza foi aprobada con 25 votos a favor e catro abstencións, unha ampla maioría, logo de que o texto presentado polo consello da AGAL fose emendado por socios e socias.
O texto aprobado indica que en Galicia "seria possível umha política linguística destinada a aproveitar em favor do idioma as diferentes posturas que existem em relaçom à codificaçom do galego", unha vez que a AGAL sume que "nengumha delas vai desaparecer e que todas podem ter vantagens". O obxectivo da asociación é que na sociedade avence a "tolerância" en relación ás "diferentes formas de ver e promover o galego".
Eduardo Maragoto, presidente da AGAL, está convencido de que “neste momento de crise da transmissom geracional da língua, é mui necessária a acumulaçom de forças em prol do galego, seja qual for a orientaçom ortográfica dos utentes da língua”.
A proposta será exposta a diferentes colectivos e institucións (nomeadamente as opostas ao reintegracionismo), "nom apenas para expor a ideia, mas sobretodo com o objetivo de ouvir alternativas, conhecendo-lhe os inconvenientes e fazendo-lhe melhorias". Entre os fins que busca a AGAL está o de "ampliar o público alvo, de maneira a mais pessoas se atreverem a opinar sobre o interesse da convergência com o português, sem pontos de partida ou de chegada categóricos", así como "tornar mais visível que o reintegracionismo tem um projeto global para a língua da Galiza, à margem de debates circunstanciais".
O modelo binormativista xa existe noutros países. É o caso de Luxemburgo e Noruega. No país centroeuropeo, a lingua culta á que se subordinaba a variedade luxemburguesa até 1986 era o alemán padrón, pero pa partir dese ano este alemán padrón convive cunha forma local luxemburguesa que tamén é ensinada nas escolas e que ten os mesmos dereitos. "Um modelo parecido permitiria aos galegos e galegas usarem, para a língua escrita, quer o português padrom quer o galego oficial atual, segundo qual fosse a sua conveniência. Para todos os efeitos, ambos teriam a consideraçom de línguas diferentes, mas oficiais, que é o que interessa", explica a AGAL.
No caso de Noruega, conviven dúas normas que, ao contrario que en Luxemburgo, son consideradas formas da mesma lingua norueguesa: a bokmål, mais próxima da lingua dinamarquesa, e a nynorsk, elaborada a partir dos dialectos ocidentais do país. "Todos os cidadãos têm de conhecê-las de forma passiva, mas cada pessoa e cada Administraçom pode usar a que entender", explica a AGAL. Segundo a asociación, cun modelo parecido no contexto galego, "as pessoas poderiam estudar quer um português galeguizado (bokmål) quer um galego de elaboraçom autónoma assente nas falas populares (nynorsk) para depois poderem usar, para a língua escrita, o galego-português (com qualquer umha das suas variantes) ou o galego “oficial” atual, segundo qual fosse a sua conveniência".
AGAL considera que "as circunstâncias da Galiza som ideais para aplicar umha política linguística binormativista, já que, ao contrário do que acontece no Luxemburgo, por exemplo, existe total intercompreensom entre os e as utentes de ambas as normas, quer oralmente quer por escrito". Ademais, destaca que esta medida provocaría que "as relações da Galiza com o país vizinho cuja existência dá origem ao debate, Portugal, venham a melhorar no futuro, de maneira que nada leva a pensar que o interesse polo conhecimento da língua portuguesa diminua na nossa sociedade".
"O binormativismo fomentaria a colaboraçom das posturas autonomista e reintegracionista, salientando o que ambas podem ter de benéfico para o galego", destaca a AGAL, que cre que o galego "ganharia perspetivas de futuro se integrasse as vantagens da opçom autonomista (relacionadas com a identificaçom da mesma com o estádio das nossas falas atuais ou com a história literária do último século e meio), com as vantagens da opçom reintegracionista (relacionadas com a nossa história literária desde o nascimento da língua e com a projeçom comunicativa e a estabilidade formal internacional)".
[Imaxe: AGAL - fonte: www.praza.gal]
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