Papirus lança livro traduzido e adaptado por Heloisa Prieto e Victor Scatolin
William Hope Hodgson (1877-1918), autor apreciado por grandes mestres do suspense como Lovecraft e Hitchcock, apresenta-os, em A casa à beira do abismo (Papirus 7 Mares, 192 pp., R$ 44,90), uma dupla narração. Um manuscrito misterioso é encontrado por dois amigos dentro de uma incrível mansão abandonada. Esse é o ponto de partida da obra que traz os mais abruptos e insólitos enredos.
Um clássico da literatura inglesa de suspense e horror, com a introdução de elementos fantásticos - inovadores para a época -, a história sugere um limiar entre dois mundos, entre duas realidades. Segundo Hodgson, a narrativa interna da obra deve ser desnudada pessoalmente, por cada leitor, de acordo com sua capacidade e seu desejo. "E mesmo que não se enxerguem, da maneira como eu vejo agora, a descrição e a sombria concepção daquilo que se pode nomear Céu e Inferno, ainda assim, posso prometer grandes emoções para os que tomarem esta história como apenas uma mera história", conta.
Dominando a narrativa em primeira pessoa, Hodgson conduz o leitor para além das fronteiras da ficção do gênero suspense. A casa à beira do abismo é considerada um marco por ter introduzido, pela primeira vez, a questão do extraterrestre.
Essa edição conta com tradução e adaptação de Heloisa Prieto - premiada autora e tradutora brasileira, em parceria com Victor Scatolin -, além de belas e intensas ilustrações de Joaquim de Almeida, oferecendo um cenário paralelo, rompendo com os códigos da ficção científica, do horror ou da fantasia. Certamente uma surpresa marcante para a área de livros juvenis!
Sobre o autor:
William Hope Hodgson, autor inglês da virada do século XIX para o século XX. De grande originalidade, produziu vasta obra em seus 40 anos de uma vida marcada por viagens marítimas e de uma longa estada na Irlanda. Ensaios, contos e romances atestam seu talento. Várias das aventuras por ele criadas se passam no mar. Fotógrafo, navegante e apaixonado por esportes, era também fisiculturista. Com pinta de galã de cinema, sua vida de aventuras foi encerrada com uma bala, na Bélgica, ao final da Primeira Guerra Mundial.
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Sobre os tradutores e adaptadores:
Heloisa Prieto, autora de 72 obras de literatura, tradutora premiada de 69 títulos, mestra em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutora em Literatura Francesa (USP). Em parceria com Victor Scatolin ministra oficinas de criação literária em diversas instituições, tais como Sesc, Sesi, CBL e Instituto Vera Cruz. Apaixonada por narrativas de suspense e mistério, dedica-se a pesquisá-las e a introduzir clássicos do gênero inéditos no Brasil.
Victor Scatolin - também conhecido como Walter Vetor -, é poeta, professor, performer e tradutor. Tem trabalhos circulados nas publicações experimentais Misnomer, Antilogia e Pravida. Já traduziu poetas como Ezra Pound, E.E. Cummings, James Joyce, Fukuda Chiyo-ni, Velimir Khlébnikov e Friedrich Hölderlin, entre outros. Atualmente dedica-se à tradução de excertos da obra de John Cage. Com Heloísa Prieto desenvolveu traduções e adaptações de autores como Julio Verne, Walter Scott e W.H. Hodgson.
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Sobre o ilustrador:
Joaquim de Almeida, escritor e ilustrador, possui como traço marcante de seu trabalho a valorização da cultura popular brasileira e do imaginário presente nas histórias. Em suas produções artísticas, costuma utilizar técnicas e materiais variados, tais como xilogravura, nanquim, aquarela, arame e papel machê. Atualmente, trabalha no desenvolvimento de livros, HQs e projetos audiovisuais de animação.
[Fonte: www.terra.com.br]
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