Escrito por Maria do Rosário Pedreira
Quando um autor é publicado pela primeira vez, tem sempre muitas perguntas para fazer que se prendem com o seu futuro como escritor «universal», e uma delas geralmente está relacionada com a tradução do seu livro no estrangeiro.
Como são poucas as editoras lá fora que têm leitores de língua portuguesa, é preciso muito trabalho para conseguir uma tradução de um autor português desconhecido em qualquer país, mais ainda se não se investir na retroversão para inglês de um excerto para difusão, o que resulta caro.
Mas, depois de os livros começarem a disparar (o que, por exemplo, aconteceu com o romance Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, depois de ter ganho prémios de peso em Portugal e no Brasil), por vezes acabam por vender-se em línguas muitíssimo raras, como o persa, o tamil, o urdu, o telugu...
Não foi bem isso que aconteceu com o espantosamente bem-sucedido Pedro Alecrim, do querido António Mota, a história de um rapazinho que perde o pai publicada originalmente em 1988 e com mais de 40 edições até hoje; mas acaba de ser traduzido para a língua mirandesa, um feito a que poucos têm o privilégio de assistir.
Parabéns, António, por este Bai Pedro Bai, uma tradução que quase ninguém consegue, mesmo os autores famosos!
[Fonte: horasextraordinarias.blogs.sapo.pt]
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