quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Com o tempo, aprendi a evitar discussões que não fazem sentido



Talvez a maturidade chegue até nós depois de anos renúncia. Mas sempre há um momento em que percebemos que certo tipo de  discussão não vale a pena. Quando tal acontece, é melhor o silêncio. Há ocasiões em que a gente compreende o quanto é inútil explicar o inexplicável.
Muitas vezes a discussão é uma arte que dança à nossa frente com a leveza de pés de bailarina. Outras furiosa como uma dança grega. Poucos definem uma raiz lógica quando a conversa polemiza. O julgamento  de um tema produz discórdia. As discussões, às vezes, são como a música desafinada ou uma rádio está fora de sintonia. E nem sempre o diálogo é harmonioso. E aí a discussão é cansativa.
Existem discussões que são batalhas perdidas. Você pode permanecer em silêncio, mas há coisas que deseja argumentar que nem necessitam ser ditas.
Uma boa parte da psicologia e da filosofia nos ensinaram certas estratégias para enfrentar com sucesso qualquer discussão. Bons argumentos, usando a heurística ou gestão emocional adequada seria definitivamente para alguns exemplos. 
A maturidade emocional não depende de idade.  Mas chegar a esse estágio é uma tarefa árdua para aplicar a maturidade no ponto onde é imprescindível o equilíbrio ao escolher a palavra e o tom certo de dizê-la. Respeitar o que o outro diz e racionalizar o que ouvimos. Muitas vezes é mais sensato o silêncio; virtude que vale ouro. Daí podemos avaliar os aspectos que merecem nossa atenção ou o distanciamento definitivo.
É possível, por exemplo, que o nosso relacionamento com alguém da família seja complicado pelos anos de convivência. Portanto, uma simples conversa é  como cair sem paraquedas para o abismo do estresse. No entanto tudo pode mudar se aceitar as diferenças ou as idiossincrasias. Optamos pelo silêncio não é pelo receio de ser superado, mas de ser respeitado em nossa opinião, mesmo que silente.
Mark Halperin é um psicólogo israelense e especialista em discussões de resolução de conflitos na política, cujas teorias podem ser aplicada perfeitamente ao que acontece no dia a dia. Ele explica que as discussões mais complexas e aquecidos têm componente psicológico como se fosse “ameaça”. Com a previsível sensação de que alguém quer minar os nossos princípios ou a nossa essência.
Amadurecer é também uma forma que transmite confiança interna, adequada para compreender que certas pessoas e os seus argumentos não se constituem ameaça para nós. Não devemos nos assustar ou nos fazer irritados quanto alguém, diante de nós, grita com gestos nervosos.
Nós já sabemos que existem discussões que nos farão perder a calma ou a boa energia que guardamos para aqueles momentos em que o improviso deve fluir. No entanto, nós também entendemos que a vida muda quase todos os dias para que possamos, pela pela cautela na discussão, coexistir em harmonia. No sentido principal de manter esse equilíbrio emocional para alcançar o que queremos em nosso trabalho. Até mesmo para concordar com nossos próprios filhos, usando, acima de tudo, a paciência e a tolerância quanto às suas crenças e convicções. Discussões sem as razões balanceadas com o coração produzem discórdia.
Aprender a ouvir é natural, mas ouvir é fundamental.
A arte de discutir sem efeitos colaterais requer não apenas uma estratégia inteligente, mas a gerência emocional adequada onde todos devem ser capazes de avançar e recuar no momento preciso, mesmo  nos momentos e ambientes mais íntimos.
Convidamos você a considerar estas regras simples:
Uma das primeiras coisas que devemos considerar é que as discussões não devem, necessariamente, terminar tendo um vencedor. A gente perde quando pensa que venceu uma discussão. A arte de argumentar requer muita sabedoria. Principalmente a de permitir que ambas as partes, durante o diálogo, cheguem a um ponto em comum. 
Isso somente pode ser obtido da seguinte forma:
  • Ouvir. Depois, ouvir e escutar.  Pois ouvir não é o mesmo que escutar. Nenhum diálogo será eficaz se não somos capazes de aplicar uma “escuta” adequada e empática.
  • Sabedoria no uso das palavras. Somente a sabedoria é suficiente para compreender a perspectiva da outra pessoa. Não apenas a sabedoria dos livros, mas da experiência de vida. É algo que requer um grande esforço e vontade própria. Para compreender a mensagem e a visão particular daqueles com quem nós conversamos, a sabedoria é essencial.
  • Devemos evitar a atitude defensiva. O corpo fala. Por isso não devemos cruzar os braços, baixar os olhos e, gesticular em demasia. Principalmente quando os gestos estão desconectados das palavras. Ao contrário, poucos gestos, voz ponderada com raciocínio claro e a cabeça sempre levantada e o olhar firme na linha horizontal.
  • Autocontrole. É essencial para uma gestão adequada das nossas emoções . Devemos controlar acima de tudo os inimigos da raiva ou da fúria e da ironia. Elas são bombas do tempo que gostam de estar presente nas discussões. E nos levam à derrota de nossos lógica.
  • Confiança. Ela é importante para que consigamos expressar nossa ideia com clareza. No momento da réplica devemos usar termos assim: “Eu entendo”, “Isso pode ser verdade”, “É possível…”.  A confiança dos argumentos é a porta da firmeza para a compreensão dos nossos argumentos.
 [Fonte: www.portalraizes.com]

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