Portugal é um “paraíso fiscal” para os
reformados estrangeiros, noticia o Le Soir. Na “Florida da Europa”, um
casal pode comprar uma casa ‘a preço de saldo’ e, depois, “gasta
facilmente entre 1500 e 2000 euros”, relata o jornal belga, compensando
“a falta de receitas” das Finanças.
Por Graciano Coutinho
O Governo quer compensar a falta de investimento direto estrangeiro
com o consumo estrangeiro, tendo criado vantagens fiscais para atrair
reformados de outros países. As medidas estão agora a ser reveladas na
Europa e foram hoje destacadas por um jornal belga, que aponta o país
como “a Florida da Europa”, uma referência ao estado norte-americano
mais procurado pela terceira idade.
De acordo com o Le Soir, a queda de preços no setor imobiliário
(devido à crise no setor da construção) tem colocado as habitações a
‘preços de saldo’, facilitando a residência para quem quiser aproveitar o
baixo custo de vida (quando comparado com outros países europeus).
A reportagem publicada no jornal belga, realizada pela agência AFP,
inclui ainda uma explicação do vice-presidente da Associação dos
Proprietários Estrangeiros em Portugal. Erwin Mohr, que reside em
Portimão, exemplifica que “um casal de reformados alemães instalado em
Portugal gasta facilmente entre 1500 e 2000 euros por mês, o que
compensa a falta de receitas para o fisco português”.
No “paraíso de reformados”, é possível “conseguir um crédito de 120
mil euros a uma taxa de 1,5 por cento por duas assoalhadas a 100 metros
da praia”, no Algarve, “que pode ser arrendado para gerar receitas”,
complementa a notícia. A promotora imobiliária deste negócio oferece
ainda, segundo o Le Soir, “20 horas de aulas de português no Instituto
Camões, para vencer as barreiras linguísticas e ajudar à integração”.
[Ilustração: Nami - fonte: blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte]
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