Escrito por BURRO VELHO
Se eu fosse historiador, ou antropólogo, gostaria de estudar o pós-nazismo no final da Segunda Guerra Mundial, é um tema que sempre me despertou muito interesse, a banalidade do mal, entender como é que se convivia com o horror, se as gentes tinham essa consciência, como é que as gerações mais novas perdoaram as gerações mais velhas que foram coniventes, como se consegue a redenção de um povo, por isso, gosto especialmente de ver filmes sobre esta temática.
Nuremberga, do realizador James Vanderbilt, sobre o julgamento aí realizado das 22 mais altas patentes do regime nazi capturadas vivas, talvez não seja um filme com muito rasgo em termos cinematográficos, é uma espécie de António José Seguro dos filmes, mas se esquecermos o fraquíssimo Rami Malek na personagem do psiquiatra que se torna amigo de Göring, o sucessor de Hitler na hierarquia, temos um bom filme. As cenas do Tribunal Internacional Penal são muito bem conseguidas, com algumas transcrições do que foi verdadeiramente dito em Nuremberga, sustentadas numa interpretação fortíssima de Russel Crowe (sou insuspeito, não sou fã).
Como bónus, ficamos a conhecer um pouco mais de História, e somos recordados de algumas verdades atualmente tão ameaçadas, tolos são aqueles que acreditam que o mal vem sempre de uniforme militar, ou nem todos os alemães comungavam das ideias de Hitler, mas quando acordaram para o tentar conter já era tarde demais.
[Fonte: burrovelho2.blogs.sapo.pt]

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