domingo, 16 de abril de 2017

Devoção secreta: a carreira do músico Albert Einstein


Artigo traduzido pelo site Universo Racionalista e originalmente publicado no site CMUSE.
“A natureza continua a brilhar na beleza eterna e é tão feliz com a existência precária de alguém que o dilema humano é esquecido. Um se sente reduzido ao nível de um animal inocente. Atrevo-me a esperança de que você compartilha este sentimento? A música ainda pertence a essa esfera intocável? Acredito que sim, desde que não sejamos músicos profissionais.”
— De uma carta à rainha da Bélgica, em janeiro de 1952.
Se Albert Einstein tivesse falecido em 1905 depois de publicar seu primeiro trabalho sobre a relatividade, ele teria apenas 26 anos de idade – mas ainda sim teria concluído um trabalho impressionante mais do que suficiente para uma vida. Vários dos maiores compositores da história da música morreram antes dos 30 anos, e o que todos têm em comum com Einstein é que eles viveram vidas notáveis e deixaram legados visíveis para trás enquanto ainda eram jovens.
Mas todos sabemos que Einstein não parou nos 30. Ele continuou a refinar sua teoria, a trabalhar como educador, assumir um papel público como ativista, criar dois filhos e uma filha – viver o tipo complexo de vida que todos nós vivemos. E parte desse legado invisível, parte dessa vida complexa, era seu amor pela música. Pode não ser importante para a história, mas a história tem um padrão mercenário de importância. Era importante para Einstein, e isso é o suficiente. Confira aqui, algumas curiosidades e fatos da vida e carreira do músico Albert Einstein.
Sua mãe era o músico da família
Pauline Koch Einstein era uma pianista consumada por direito próprio, e ensinou Einstein a tocar piano e violino quando era muito jovem. Inicialmente ele mostrou mais aptidão para o piano, mas quando se tornou adolescente desenvolveu mais interesse no violino.
Ele adorava as sonatas de violino de Mozart
Durante os últimos dez anos, o físico e historiador da ciência Brian Foster trouxe nova atenção crítica à influência profunda que as sonatas de violino de Mozart tiveram na vida de Einstein. O trabalho de Mozart, escreveu Einstein, “era tão puro que parecia estar sempre presente no universo, à espera de ser descoberto pelo mestre”. Nesse aspecto, ele via Mozart como uma espécie de físico musical – alguém que parecia encontrar o seu próprio som na essência mais cósmica da harmonia.
Ele admirava profundamente Bach e Beethoven, mas nunca se importou com Wagner ou Debussy
Em 1955, Jerome Weidman, do Reader’s Digest, visitou Albert Einstein esperando realizar uma entrevista e descobriu que Einstein estava curioso – e completamente determinado a expandir – seus próprios gostos musicais, tocando discos para ele em seu estudo particular e incentivando-o a cantarolar junto. Se você quiser conferir a entrevista completa (em inglês), clique aqui.
“Eu tenho que dizer”, Einstein declarou em uma entrevista diferente, “sobre as obras de Bach: ouça, toque, ame, reverencie – e mantenha sua boca fechada.”
Mas Einstein não amava toda a música. “Admiro a inventividade de Wagner”, admitiu ele, “mas vejo sua falta de estrutura arquitetônica como decadência. Além disso, para mim, sua personalidade musical é indescritivelmente ofensiva, de modo que, em sua maior parte, posso ouvi-lo apenas com nojo“. Sobre Debussy, ele escreveu em um questionário de 1939: ”Eu sinto que Debussy é delicadamente colorido, mas mostra uma pobreza de estrutura. Eu não posso trabalhar com grande entusiasmo ouvindo algo desse tipo.”


[Fonte: www.pensarcontemporaneo.com]

Sem comentários:

Enviar um comentário