segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ramiro Musotto: Civilização & Barbarye


Escrito por Ider Oliveira





































Radicado no Brasil há mais de vinte anos, o percussionista argentino Ramiro Musotto mostra em seu segundo disco solo, “Civilização & Barbarye”, um caldeirão de boas ideias percussivas, onde o eletrônico e o convencional interagem numa boa.

Considerado o mais baiano dos argentinos, Ramiro foi buscar inspiração nos rituais de candomblé, na capoeira e no samba-reggae para compor parte do CD. Além da sonoridade baiana, o percussionista utilizou outras formas musicais como o mote nordestino e o samba.

A criativade do percussionista transformou o choro “Assanhado”, de Jacob do Bandolin, numa canção recheada de recursos eletrônicos, deixando-a com um ar futurista. No final, “Assanhado” transforma-se num verdadeiro sambão, com direito a cuíca, tamborim e apito.

Para não esquecer suas raízes, Ramiro brinca com os ritmos afro-caribenhos, principalmente na canção “Yambú”, marcada pela clave de rumba.

O destaque fica por conta da canção “Gwyra Mi”, que impressiona desde sua introdução, numa levada de capoeira puxada pelo som do berimbau, até virar um samba-reggae eletrônico, onde se intercalam o canto de crianças indígenas e um discurso zapatista.

01. Ronda
02. Ochossi
03. Gwyra Mi
04. M’bala
05. Nordeste/Beradero
06. Ogum
07. Assanhado
08. Majno Ma Bi
09. Mbira
10. Yambú


[Fonte: www.territoriodamusica.com]




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