Irena Sendler foi uma ativista dos direitos humanos durante s Segunda Guerra Mundial. Ela contribuiu para salvar milhares de vidas, escondendo filhos judeus de várias famílias ameaçadas pelo nazismo.
Conhecida como O Anjo do Gueto, Irena conseguiu permissão para entrar no Gueto de Varsóvia como encanadora para realizar limpeza de esgotos. Disfarçada, ela arriscava a própria vida levando alimentos, roupas e medicamentos às pessoas de lá.
Cartaz nazista escrito em alemão e polonês avisando sobre a pena de morte para aqueles que ajudassem os judeus a fugir. Varsóvia, 1942.
Toda vez que saia do gueto, Irena trazia consigo uma criança judia. Às vezes escondidas no fundo de sua caixa de ferramentas, ou em sacos de lixo, outras vezes por corredores subterrâneos e esgotos do edifício do Tribunal e da Igreja, que eram localizados entre o gueto e o lado ariano. Algumas crianças eram escondidas dentro de ambulâncias. As mais pequenas eram sedadas para não fazerem barulho. Nas mãos dela, qualquer coisa se transformava em instrumento de fuga, ela chegou a esconder algumas dentro de seu próprio casaco.
Uma criança abandonada em uma das ruas do Gueto de Varsóvia, 1941. O número de pessoas mortas era tão grande que a população se tornou apática ao ver um cadáver na rua.
Quando a Alemanha nazi invadiu o país em 1939, Irena era assistente social no Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia. Com a ajuda de enfermeiras, ela organizava espaços de refeição comunitários para carentes. Órfãos, anciãos e pobres tiveram acesso a remédios, roupa e dinheiro graças ao seu trabalho incansável contra o sofrimento de milhares de judeus e católicos.
Irena no caminhão do Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia, em maio de 1948.
Com a ajuda de um cão que adestrou para fazer barulho e atrair a atenção dos nazistas enquanto ela saia do gueto, Irena auxiliou na fuga de mais de 2.500 crianças. Nos momentos finais da guerra, quando foi descoberta, os nazistas quebraram suas pernas e braços. Quando as crianças chegaram em seu novo lar, elas recebiam novos nomes para esconder suas identidades judias. Cada criança que ela salvou tinha seu nome escrito em um papel que era escondido em uma jarra enterrada em seu quintal.
Após a guerra, o registro de cada nome das jarras foi pesquisado para encontrar as famílias das crianças. Aquelas que ficaram definitivamente sem parentes vivos foram levadas para adoção. Em 2007, Irena foi indicada ao prêmio Nobel da paz, mas infelizmente perdeu a colocação para o power point sobre mudanças climáticas de Al Gore.
Ela morreu em 2008 e hoje o seu trabalho continua através da organização chamada Life in a Jar (tradução: Vida numa jarra).
Você pode assistir ao filme sobre a história dela no Netflix: "O corajoso coração de Irena Sendler". (ou neste link aqui)
[Fonte: www.ideafixa.com]
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