quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Saudades do futuro, por Camané


Daqui desta Lisboa que é tão minha
Como de ti que a amas como eu
Mando-te um beijo naquela andorinha
Que em março me entregou um beijo teu

Aqui neste jardim à tua espera
Como se não tivesses embarcado
Digo ao outono que ainda é primavera
E encho de buganvílias este fado

Num tempo que de amor é tão vazio
Há coisas que não sei mas adivinho
Um rio ali à beira doutro rio
Só um depois da curva do caminho

Tenho tantas saudades do futuro
De um tempo que contigo hei-de viver
Não há mar não há fronteira não há muro
Que possam o meu amor o amor de ter

[música de Amadeu Ramin - letra de J. Correia Tavares]


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